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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Nascimento de Jesus



Visite o presépio da Igreja do Carmo.




Quem inventou o presépio?

Foi São Francisco de Assis! Quem armou o primeiro presépio da historia, na noite de natal de 1223, na localidade de Greccio, lá na Itália. Ele é o inventor do presépio, mas nunca cobrou direitos autorais, nem de propriedade intelectual. São Francisco de Assis quis celebrar o natal da forma mais realista possível e com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do menino Jesus, da Virgem Maria de José, juntamente com um boi e um jumento vivos. Nesse cenário, foi celebrada a missa de Natal. O costume espalhou-se pela Europa e de lá pelo o mundo. A Igreja católica considera um bom costume cristão armar presépios no período do natal em igrejas, casas, praças e locais públicos.

Que o espírito de paz, compreensão e solidariedade traduzido pela primeira vez entre os homens pelo menino Jesus de Nazaré, toque nossos corações e torne nossa vida sempre mais serena, BOAS FESTAS MUITAS FELICIDADES!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cada um faz sua historia!

Hoje eu selecionei essa linda historia deste homem de Deus que amou nosso Brasil, e que não teve sua vida longa, mas uma longa historia! A quase 100 anos de sua morte.

Honra-me, sobremodo, apresentar historias da missão Capuchinha e a importância do trabalho desses religiosos que dedicaram suas vidas a tantas e tantas pessoas em toda parte do mundo. Esses dias estou lendo um livro de Frei Método de Nembro, que narra a historia de frei João Pedro, um Italiano que nasceu aos 9 de setembro de 1868, na vila de Sexto São João (Milão), no seio de uma família humilde e profundamente cristã. Que aos quatorze anos (1882) tornou-se Capuchinhos. Ordenado sacerdote (1891), partiu para a missão, chegando ao Brasil aos 3 de dezembro de 1894.

Alguns dados muito interessantes me chamaram atenção.
Os compromissos no convento do Carmo;

São Luis fevereiro de 1897, Frei João Pedro junto com Frei Agostinho de Carpgnano, viajaram para Coroatá para realizar uma importante e delicada missão solicitada pelo bispo diocesano, durante a qual os dois missionários fizeram uma peregrinação regular na matriz de breves pregações em sete capelas. A missão obteve pleno sucesso, levanto grande parte da população a receber os sacramentos. Na ocasião foi erguido um importante cruzeiro na praça, de frente à igreja, realizando-se uma solene procissão, como há muito tempo não se via em Coroatá. O povo percorreu a pequena cidade carregando as pequenas chamas brilhantes das velas que rompiam à escuridão da noite. O sermão de Frei João Pedro no “patamar” da igreja. Era difícil avaliar o efeito
Daquele coro possante de milhares de vozes no silencio da noite, depois que a alma daquele povo, tomada de sincero arrependimento, sentia-se purificada no reencontro com a amizade de Deus.
No mês de junho A região escolhida para o novo ciclo de missões era o sul do estado do Piauí.os dois missionários rumaram para a prelazia de Bom Jesus de Gurgueia. Eles pregaram nas paróquias de Corrente, Santa Filomena, Gurgueia, Geromenha e Colônia. Proferindo mais de 130 sermões e um número incalculável de instruções, ministrando na ocasião 19.693 crisma, 15.995 comunhões, 12.064 batismo e 887 casamentos; alem disso construíram 4 cemitérios e 2 “cruzeiros”. No seu relatório Frei João fala de 15 missões “em diversos lugares” enfrentado viagens desastrosas no meio de fortes ventanias, sob um sol cegante e num cansaço “crônico”. Mas o que os sustentava e confortava era a alegria de poder levar a graça de Deus a muitas almas.

No inicio de dezembro, Frei João Pedro foi chamado de volta a São Luis. Devido á ausência de Frei Carlos e Frei Mansueto, empenhados respectivamente em Alto Alegre e no Pará, depois da morte de Frei Samuel, o novo superior regular, Frei Rinaldo de Paullo, foi obrigado a empreender viagens contínuas por isso, o convento do Carmo, precisava de um homem com a necessária experiência para dirigir a vida regular da comunidade e atender aos inadiáveis contatos eclesiásticos e á pastoral urbana.

Em janeiro de 1898, foi escolhido vigário do mesmo convento. Frei Reinaldo da Paullo, superior regular, empenhado nas novas fundações de Canindé no Ceará e de Belém no Pará. Em uma carta ao Ministro Geral, Frei Rinaldo dizia o seguinte a respeito dele:
“O Reverendo Padre João Pedro, Vice-presidente do Carmo, por causa das minhas ausências contínuas, governou quase durante o ano inteiro a casa com grande bondade e ordem e, além disso dirigiu com amor a ordem terceiro e a congregação do Carmo”. E realizou também uma missão em São Bernardo (MA) obtendo ótimos resultados. E no momento se encontra no Estado do Ceará, junto com Frei Agostinho, realizando uma importante missão, com a finalidade de eliminar uma heresia que ameaça invadir aquela Província. Seu devotamento à causa do Reino e sua fidelidade às múltiplas exigências de seu oficio à frente da missão Capuchinhas do Norte do Brasil não lhe davam tréguas, razão por que embora fosse de constituição robusta e forte suas energias foram diminuindo, e após 19 anos de vida missionária contado apenas 45 anos veio a falecer em fortaleza (CE) aos 5 de dezembro de 1913.


Dentre todas as suas realizações uma sobressai: a fundação do Instituto das Irmãs Missionárias Capuchinhas, em Belém ,PA, aos 18 de dezembro de 1904.

FREI JOÃO PEDRO RECALCATI, DE SEXTO SÃO JOÃO, FOI SEMPRE CONSIDERDO UMA DAS FIGURAS DE DESTAQUE NA ASSIM CHAMADA “MISSÃO DO MARANHÃO” , FUNDADA PELOS OS CAPUCHINHOS DA LOMBARDIA (ITALIA) NO NORTE DO BRASIL EM 1893.A MISSÃO COBRIA UMA ÁREIA AMPLISSIMA, PELO MENOS DURANTE ALGUM TEMPO, CUJOS ABRANGIAM OS ESTADOS DO CEARÁ, PIAUÍ- MARANHÃO, CHEGANDO ATÉ O PARÁ E BACIA AMAZÔNICA.

Fontes: 1.Museu dos Capuchinhos são Luis (MA).Frei João Pedro, vol-o1
2. Arquivo Provincial. BELTAMI, Rogério (frei) aq. (MA).

domingo, 14 de novembro de 2010

Exposição na 4ª Feira do Livro de São Luís apresenta "Museus"

De 12 a 21 de novembro, o Sistema Municipal de Museus de São Luís (MA) promove, durante a 4ª Feira do Livro 2010, que este ano tem como tema ‘Livro, Guia e Instrumento de Sabedoria”. A exposição Pontos de Memória. Ao todo, 12 museus entre os organizadores está o museu dos capuchinhos que ficou com a curadoria da exposição. Integrados ao sistema municipal, apresentarão em 12 painéis, imagens e textos informativos dos acervos e prédios onde estão localizados. A amostra será realizada em parceria com a Fundação Municipal de Cultura e terá visitas guiadas. A feira está montada na Praça Maria Aragão, Espaço Cultural, Praça Gonçalves Dias e Centro de Formação do Professor (Semed), na Rua Rio Branco, em São Luís-MA
Aberto ao público de 14 às 22hs.










sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Participação do Museu dos Capuchinhos no 4ª Primaveras do Museus



1.IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

PROJETO COM VISTAS À PARTICIPAÇÃO DO MUSEU DAIGREJA DO CARMO E DOS CAPUCHINHOS, NA 4ª. PRIMAVERA DE MUSEUS, A SER REALIZADA EM PARCERIA COM O SISTEMA MUNICIPAL DE MUSEUS DE SÃO LUÍS, NO PERÍODO DE 20 A 24 DE SETEMBRO DE 2010.

2.JUSTIFICATIVA
O Museu da Igreja do Carmo e dos Capuchinhos da Província Nossa Senhora do Carmo MA, PA e AP, participa da Primavera de Museus desde a sua segunda edição, em 2007. No ano de 2008 foi cadastrado no dos museus com entidades nacionais e internacionais, capazes de contribuir para a viabilização Sistema Municipal de Museus de São Luís, primeira Capital do Brasil a implantar o Sistema Municipal de Museus, que é ligado ao Sistema Brasileiro de Museus, instituído por meio do Decreto de nº. 35.140, de 25 de julho de 2008, que entre seus objetivos específicos é responsável em promover e facilitar contatos dos projetos das instituições filiadas.
Com a integração do Museu da Igreja do Carmo e dos Capuchinhos, em 2008, no Sistema Municipal de Museus de São Luís, surgiu a oportunidade, nesse mesmo ano de ter idealizado e aprovada a Arte do banner do Sistema e seus Museus integrados, como também sua participação na 2ª. Primavera de Museus, primeiro evento do Sistema, com a Exposição “Nossos Museus”, realizada na Morada Histórica de São Luís.
Este ano, o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), vinculado ao Ministério da Cultura elegeu como tema da 4ª. Primavera de Museus “Museus e Redes Sociais”, que acontecerá em todo o Brasil no período de 20 a 26 de setembro de 2010, onde sugeriu a todos os museus cadastrados para se organizarem, a fim de realizarem uma programação que aborde novas conectividades, trocas, diálogos e interações com a sociedade; interligando espaços, tempos e sujeitos. Podem ser oferecidos seminários, palestras, shows, exposições com visitas guiadas, exibição de vídeos, dentre outras atividades.
Dada a importância dessa programação conjunta dos museus de São Luís, na 4ª. Primavera de Museus, cuja temática vai dá a oportunidade desses espaços de cultura estar abordando as redes sociais, a forma como os museus podem fazer uso das redes sociais, que formas de interação podem ser exercidas entre os museus e as comunidades, assim como promover a divulgação de todos esses museus, é que este ano, mais uma vez o Museu da Igreja do Carmo e dos capuchinhos pretende participar da 4ª. Primavera de Museus, cuja Proposta de Programação Conjunta foi aprovada em reunião acontecida no dia 25 de agosto de 2010, na Sala da Administração do Palácio Cristo Rei, com a presença dos representantes dos museus integrados ao Sistema Municipal de Museus de São Luís.
3.OBJETIVOS
3.1 Geral
Conseguir a disponibilização de recursos para serem utilizados pelo Museu da Igreja do Carmo e dos Capuchinhos, na Programação Conjunta do Sistema Municipal de Museus de São Luís, na 4ª. Primavera de Museus “Museus e Redes Sociais”, a ser realizada no período de 20 a 24 de setembro de 2010.
3.2 Específicos
•Promover a divulgação de todos os museus integrantes do Sistema Municipal de Museus de São Luís;
•Abordar sobre a temática redes sociais, incentivando a integração dos museus do Sistema Municipal de Museus de São Luís junto à comunidade;
•Divulgar o Museu da Igreja do Carmo e dos Capuchinhos como “Guardião das Memórias da missão”;
•Incentivar a visitação ao Museu da igreja do Carmo.

4.METODOLOGIA

Ficou definido, após reunião com os representantes dos Museus Integrados ao Sistema Municipal de Museus de São Luís, ocorrida no dia 30 de agosto de 2010, na Sala da Administração do Palácio Cristo Rei, que as atividades a serem desenvolvidas durante a 4ª. Primavera de Museus, cuja temática é “Museus e Redes Sociais” se darão no período de 20 a 24 de setembro de 2010, constando da seguinte programação:

Dia 20/09/2010
18h00 – Solenidade de Abertura da 4ª. Primavera de Museus com a entoação do Hino Nacional pelo Coral Madrigal Santa Cecília, a ser disponibilizado pela AAUFMA (Associação dos Aposentados da Universidade Federal do Maranhão), no Auditório dos Colegiados Superiores, do Palácio Cristo Rei/UFMA.

19h00 – Palestra sobre Museus e Redes Sociais com a Historiadora, Ana Lourdes de Aguiar Costa – Coordenadora de Redes de Museus e Educadores, do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), no Auditório dos Colegiados Superiores, do Palácio Cristo Rei/UFMA.

20h00 – Performance Teatral com a atriz Luanna de Oliveira, do Palácio Cristo Rei/UFMA, na Ala de Exposição de Curta Duração, do Memorial Cristo Rei/UFMA, no Palácio Cristo Rei, que visa contar um pouco sobre a historia do Sistema Municipal de Museus e seus Museus integrados de São Luís, mostrando os objetivos específicos do Sistema, refletindo sobre a função de promover e facilitar contatos dos museus com entidades nacionais e internacionais, de contribuir para a valorização dos projetos das instituições filiadas, frisando seus participantes e mostrando sua importância. Além disso, a performance abordará também a temática da 4ª. Primavera de Museus: Museus e Redes Sociais, e o quanto a mesma pode contribuir para o crescimento dos Museus.
A personagem futurista, criação, direção, caracterização, sonoplastia e interpretação são de autoria da atriz Luanna de Oliveira, em meio ao mundo museal, abordará esses aspectos e mostrará ao público a importância de boas iniciativas e novas tecnologias. Também haverá apresentação de documentário sobre o Sistema Municipal de Museus de São Luís e suas instituições aderidas, organizada pelo o Museu dos Capuchinhos, mais vídeos institucionais de cada museu.
20h30 – Coquetel – a ser servido no Jardim do Palácio Cristo Rei, oferecido por todos seus Museus integrados.

Dia 21/09/2010
08h00 as 11h00 e das 14h00 as 17h00 – Visita Agendada à Exposição dos Museus Integrados do Sistema Municipal de Museus de São Luís para os convidados dos representantes desses museus e de escolas do entorno do Palácio Cristo Rei.

Dia 22/09/2010
08h00 as 11h00 e das 14h00 as 17h00 – Visita Agendada à Exposição dos Museus Integrados do Sistema Municipal de Museus de São Luís para os convidados dos representantes desses museus e de escolas do entorno do Palácio Cristo Rei.

Dia 23/09/2010
08h00 as 11h00 e das 14h00 as 17h00 – Visita Agendada à Exposição dos Museus Integrados do Sistema Municipal de Museus de São Luís para os convidados dos representantes desses museus e de escolas do entorno do Palácio Cristo Rei.

Dia 24/09/2010
09h00 – Encerramento, a ser realizada no Auditório do Memorial Maria Aragão, localizada à Praça Maria Aragão.

A seguir, a relação dos museus do Sistema Municipal de Museus de São Luís, que confirmaram participação na 4ª. Primavera de Museus:

1.Centro de Referência Azulejar;
2.Fundação Dilú Melo;
3.Memorial Cristo Rei;
4.Memorial da Polícia Militar;
5.Memorial do Ministério Público;
6.Memorial História e Arte da Maçonaria;
7.Memorial Maria Aragão;
8.Museu da Família Macatrão;
9.Museu da Gastronomia;
10.Museu da Memória Republicana (Convento das Mercês);
11.Museu da Igreja do Carmo e dos Capuchinhos da Província Nossa Senhora do Carmo;
12.Museu Marítimo – SOAMAR.

5.PÚBLICO ALVO
O público alvo a ser convidado a participar da Solenidade de Abertura da 4ª. Primavera de Museus “Museus e Redes Sociais”, na Programação Conjunta do Sistema Municipal de Museus de São Luís será composto pelos representantes dos museus integrados do Sistema e de seus convidados, Educadores, e Público em Geral, totalizando 200 (duzentas) pessoas.

6.RESPONSÁVEL PELO PROJETO

Nome: Maria Iraci Soares Monteiro
Função: Curadora do Museu dos Capuchinhos
Endereço: Praça João Lisboa, 350 – Centro – CEP: 65042-240 – São Luís – MA.
Blog Sport:Museu da Igreja do Carmo e da Província Capuchinha

São Luís, 14 de setembro de 2010.

MARIA IRACI SOARES MONTEIRO,
Curadora do Museu da Igreja do Carmo e dos Capuchinhos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Uma visita muito especial ao nosso Museu


Todas as nossas visitas são muito especiais! Mais essa ficará registrado em minha memória. Ao iniciar a visita, ela apresentou-se como irmã de Dom Afonso Gregory. Estava acompanhada de dois amigos e pediu-me que a acompanhasse até as peças de Dom Afonso (primeiro bispo diocesano da cidade de Imperatriz-MA), peças essas que foram doadas por sua família ao diretor do museu Frei Rodrigo em 13/08/2008, e foi com muita honra que acompanhei-a, por todo o museu, quando ela viu as fotos de seus pais e de seu irmão foi uma emoção que era como se ela tivesse revendo-os em vida.

Muito obrigada à senhora Lori Maria Gregory, irmã de dom Afonso Gregory por sua visita ao nosso museu e por seu afago e respeito a esse espaço de cultural.


TELA DOM AFONSO GREGORY
Categoria: pintura
Século: XX
Origem: Imperatriz - MA
Procedência: Acervo da Família Gregory
Coleção acervo: Museu da Igreja do Carmo
e dos Capuchinhos – MA/PA/AP
Local no prédio: corredor interno
Material: acrílico sobre tela
Sem moldura - Altura: 96,5cm; Largura: 77cm
Com moldura - Altura: 109,5cm; Largura: 89,5cm
Autor: N-IND
Tela doada a Fr. José Rodrigues de Araújo pela irmã de Dom Afonso Gregory, no dia 13/08/2008. Dom Afonso Gregory foi o primeiro bispo da diocese de Imperatriz, do ano de 1987 à 2005. Nascido em Estrela (RS), licenciado em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, e em Sociologia, em Lovaina, na Bélgica, foi nomeado Bispo auxiliar do Rio de Janeiro em 1979. Recebeu a ordenação episcopal em 12 de janeiro daquele ano e ficou no Rio até 1987. Neste período, foi presidente do Regional Leste 1 da CNBB (Estado do Rio de Janeiro); presidente da Cáritas Brasileira, responsável pelo Setor da Pastoral Social da CNBB e presidente do CERIS. Em 1987, foi nomeado Bispo de Imperatriz (MA), onde ficou até tornar-se emérito em agosto de 2005. Neste tempo, foi presidente da Cáritas Internacional; membro da Comissão Episcopal Pastoral da CNBB e presidente do Nordeste 5 da CNBB (Estado do Maranhão).

terça-feira, 27 de julho de 2010

Patrimônio e cultura em aniversário

O museu dos capuchinhos espaço, de registro, preservação e difusão das historias e da cultura da missão dos capuchinhos da Província Nossa Senhora do Carmo dos Estados do Maranhão,Pará e Amapá , cumpre seu papel social propondo e realizando ações que contribuem para a educação e formação de crianças, jovens e adultos em diferentes programas, representando ainda um espaço de transformação social e desenvolvimento educacional e cultural da sociedade, que resguarda identidades e estabelece vínculos com o passado, para fazer conhecer o presente. Parabéns!
Maria Iraci soares
Curadora do acervo











sexta-feira, 23 de julho de 2010

4° Fórum Nacional de Museus em Brasília (DF)


No período de 12 a 17 de Julho a Curadora do Museu da Igreja do Carmo, Iraci Soares, participou em Brasília (DF) do 4° Fórum Nacional de Museus (FNM). Este encontro é um evento bienal, com o objetivo de refletir, avaliar e estabelecer diretrizes para a Política Nacional de Museus (PNM) e para o Sistema Brasileiro de Museus (SBM).

Esta 4ª edição do Fórum Nacional de Museus é uma culminância do processo de construção da Política Nacional de Museus e sintetiza o esforço empreendido para articular, promover, desenvolver e fortalecer o campo museal brasileiro. Trata-se de um momento propício para a avaliação da PNM em termos de metas, experiências, realizações, resultados efetivos, frustrações e, ao mesmo tempo, de construção e projeção no futuro de novas possibilidades e experimentações, de novos caminhos, desafios e horizontes.













segunda-feira, 14 de junho de 2010

MUSEU DA IGREJA DO CARMO E DA PROVÍNCIA CAPUCHINHA NOSSA SENHORA DO CARMO

O Museu da Igreja do Carmo foi criado em 2007, pela Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo. Este significativo conjunto de obras foi composto, a partir da criteriosa e ao mesmo tempo ousada coleta de peças organizada pelo Ministro Provincial dos Frades, Frei José Rodrigues (frei Rodrigo) e ampliou-se progressivamente, graças à ajuda dos frades que fazem parte da Província do Carmo.

Ao longo desses anos o Museu da Igreja do Carmo, ainda se organiza na catalogação de suas peças. O valor histórico e sentimental do seu acervo tem como objetivo manter viva a história da presença dos frades capuchinhos no Maranhão, Pará e Amapá.

Detém um conjunto de cerca de mais de 2000 peças, provenientes das principais igrejas e das mais recônditas capelas dos frades capuchinhos do Maranhão, Pará e Amapá, abrangendo o período que se estende do século XV chegando até os nossos dias.

As coleções compreendem imaginária sacra, prataria, pintura, mobiliário, altares, vestimentas sacras, livros litúrgicos, pedras arqueológicas. Enfim, uma preciosa coleção que ostenta obras de autores exponenciais, entre outros tantos anônimos cuja produção artística não visava o renome, mas voltava-se apenas ao culto divino.

Resgate histórico sobre a Igreja e o Convento do Carmo e sobre os Capuchinhos no Maranhão.

Igreja N. S. do Carmo no inicio do século XIX

Os primeiros frades carmelitas chegaram ao Maranhão no período da expulsão dos franceses (1615) e receberam, do comandante Alexandre de Moura, entre 1615 e 1616, todo o terreno que atualmente compreende a Rua do Egito e o bairro ao redor, nas proximidades de onde encontra-se atualmente a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a Capela de Nossa Senhora da Anunciação e Remédios, correspondente na época ao sítio que fora de um certo Monsieur de Pinau . EM 1624 foi nomeado o primeiro comissário do convento carmelita, frei Francisco da Purificação que veio, juntamente com o irmão leigo Frei Gonçalo da Madre de Deus, no mesmo navio que trouxe Francisco Coelho de Carvalho para governar o Maranhão, e já nesta data falava-se na construção de um novo convento; o que ocorreu em 1627 , quando foi iniciada a edificação do Convento do Carmo no mesmo local que está atualmente, onde havia uma capela com a invocação de Santa Bárbara, abandonado a Rua do Egito e imediações, a qual ficou conhecida por bastante tempo como “Carmo Velho”. Já instalados no novo Convento, os frades carmelitas ali instituíram um centro para estudos religiosos .

Nesse tempo a cidade era bem pequena; quase selvagem. Mas a história deste convento está tão ligada às lutas da cidade, que só ele vale como monumento de magníficas tradições.
Quando da invasão holandesa em 1641, o Convento do Carmo foi utilizado como fortificação para abrigar não apenas mulheres e crianças, mas também ali foram colocadas peças de artilharia pesada que sofreram muitos ataques dos inimigos, danificando grande mente a fachada a Igreja e parte dos dormitórios do Convento. Também o gado bovino pertencente aos frades carmelitas foi utilizado pelos portugueses para sua alimentação . Em 1643 se deu um renhido combate entre os holandeses em número de 1400 homens, comandados por um oficial por nome Anderson, e as tropas portuguesas sob as ordens de Antonio Teixeira de Melo, vencendo o inimigo que retirou-se, deixando no campo 160 mortos e 200 feridos.

Após a expulsão dos holandeses, nenhum tipo de indenização foi pago ao convento pela Coroa Portuguesa, ficando este em péssimo estado de conservação, uma vez que tanto os frades como os habitantes da cidade, não dispunham dos recursos necessários à sua recuperação. Esta situação de penúria vai lentamente se modificando em função das mudanças econômicas ocorridas no século XVIII, com a implantação da Companhia de Comércio e a conseqüente introdução do trabalho escravo negro no Maranhão.

Inseridos neste contexto econômico favorável, os frades da Ordem Carmelita tornaram-se possuidores de grandes extensões de terra, muitas cabeças de gado e escravos, que, estes, possivelmente, recebiam como doações testamentárias. Na última década do século XVIII foi feito o seguinte inventário dos bens dos carmelitas: “dois conventos – um em São Luís e um em Alcântara – um hospício no Bonfim, com 30 religiosos, 257 escravos – 7 fazendas – 24 léguas de terra e 640 cabeças de gado vacum e cavalar” .

No início do século XIX, após um século de progresso e acumulação de bens, a Ordem Carmelita, acompanhando o processo de decadência instaurado em todas as demais Ordens Religiosas, impedidas de receberem noviços, teve o seu número de frades drasticamente reduzido, abalando o importante trabalho que os frades desta Ordem praticavam junto à comunidade maranhense, onde funcionavam como excelente centro de irradiação espiritual e de ensinamentos úteis, constituindo-se no núcleo mais forte da vida urbana. Dali nasceram ruas que serpenteiam por outros bairros; cresceu a cidade; fortaleceu a tradição do povo da terra.

Em 1808 foi realizada uma grande reforma no convento e na Igreja, onde foram levantadas as duas torres. Nas décadas seguintes, o convento serviu de sede para a artilharia imperial, e quando esta foi dali removida, em 1829 , foi usado o seu andar térreo, como sede do Corpo Policial de Segurança Pública, além de no andar superior funcionar, desde 1831 a Biblioteca Pública, e, depois de removido o Corpo de Segurança Pública abrigar o Liceu Maranhense, criado em 1838 , pelo Presidente da Província, Vicente Tomás Pires de Figueiredo Camargo.

Certamente bastante freqüentada, a igreja do Carmo era sede de, pelo menos, duas importantes Irmandades Religiosas, a de Santa Filomena, instituída em 1844 , onde o Comendador Manoel Gomes da Silva Belfort, depois Barão de Coroatá, “teve a satisfação de colocar a imagem da Virgem e Mártir Santa Filomena num altar que às expensas suas foi feito com todo o luxo” ; e a de Bom Jesus dos Passos, composta de portugueses ricos , da qual não sabemos a data de fundação e que teve em 1875 roubada a relíquia do Santo Lenho que existia dentro da sua cruz de procissão.

A situação da Ordem, devido à escassez de religiosos, era já bem alarmante em 1834. Ainda assim o último dos sobreviventes, Frei Caetano de Santa Rita Serejo, fez os maiores esforços para salva-la da ruína. Durante 30 anos viveu sozinho no convento, onde manteve sob sua direção o Liceu Maranhense. Entre 1865/1866 empreendeu a restauração completa da igreja, inclusive sua fachada, cujo frontispício mandou revestir de azulejos portugueses.

Frei Caetano de Santa Rita Serejo administrava “um patrimônio de mais de 400 escravos, terras e olarias” . Com a sua morte em maio de 1891 , o governo tomou posse do convento e da igreja do Carmo, com base na Lei de Amortização de janeiro de 1891 que determinava que quando da morte do último titular das Ordens religiosas, os bens destas passariam para o controle do Estado, executando-se, por motivo de parecer do Tribunal Federal, as igrejas, que por serem destinadas ao culto público não podiam ser consideradas propriedades privadas, tendo sido assim a igreja do Carmo entregue à mitra diocesana em janeiro de 1892 após permanecer fechada por um ano.

Os novos ocupantes do Convento do Carmo chegaram em São Luís em 1893 para fundar a missão dos Capuchinhos Lombardos no Maranhão e se instalaram inicialmente na igreja de São João Batista dos Vinhaes, tendo sido transferidos para o Convento do Carmo em 1894 na condição de depositários de uma propriedade federal. Tão ruim era o estado de conservação da Igreja e do Convento que a primeira só foi reaberta ao público em 1895 depois de ser novamente consagrada, após tantos anos de profanação.

A Missão Capuchinha só iria obter a posse legal do Carmo após comprar o convento, posto para venda em arrematação pública no ano de 1911, a despeito de todas as obras realizadas no convento e na Igreja durante os anos que foram apenas depositários dos imóveis .

No transcorrer da primeira metade do século XX continuaram as obras de recuperação da Igreja do Carmo, que teve muitas de suas feições originais modificadas. Na década de 40, por volta de 1943 ou 1945 desabou a capela que pertencia à Irmandade de Bom Jesus dos Passos, e anos antes, entre 1931 e 1932 foi demolida a parte do convento que dava para a Rua da Paz visando o alargamento da rua.

Após ter cedido suas dependências para a instalação de colégios e serviços públicos no século XIX, durante o nosso século também o convento foi sede de muitas obras para o benefício popular como a União Operária Maranhense (1920), a Casa do pequeno Jornaleiro (1952), Escola Santo Antonio (1961), Voluntariado Missionário (1972), entre outros. Atualmente funcionam no Convento do Carmo cursos profissionalizantes e consultórios médicos e dentários, para atender a comunidade carente.

Algumas peças do acervo do Museu da Igreja do Carmo