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quinta-feira, 24 de março de 2011

“A memória é o espelho em que vemos os ausentes”•

Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes.

O Museu da ordem dos frades capuchinhos menores, inaugurado em 27/07/2007, pela Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo, possui um grande e significativo conjunto de obras que compõem um belo acervo eclesiástico. Tudo se iniciou a partir da criteriosa e ao mesmo tempo ousada coleta de peças, realizada por Frei José Rodrigues, Ministro Provincial, e ampliou-se progressivamente, graças à ajuda de grande parte dos Frades que compõem a esta Província.

Considerado “espaço cultural da Igreja do Carmo e da Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo do Maranhão, Pará e Amapá”, é ainda, integrante do Sistema Brasileiro de Museus, desde 2007 quando teve seu cadastro aprovado no antigo Departamento de Museus e Centros Culturais (DEMU), hoje Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), vinculado ao Ministério da Cultura, demonstrando a preocupação desta Província com a cultura e história do Brasil, em especial com Norte e Nordeste desta Nação.

Sendo assim aproveitamos para agradece a todos que vem doando e deixando memória vivas enriquecendo não somente nosso espaço cultural, mais sim contribuindo com a história de suor e sangue desta Província.
Nesta matéria nossos agradecimentos em especial a Dom Serafim Faustino Spreafico por tão bela e significativa soma em doar seu báculo na visita do Ministro Provincial frei Jose Rodrigues a Itália. Conforme anotação abaixo:



1. QUADRO DOM SERAFIM FAUSTINO SPREAFICO
Técnica: acrílico sobre compensado
Autor: Rogério Martins – 1992 Dom Serafim Spreafico nasceu em Busnago (Itália) em 11 de julho de 1939. Entrou para Ordem Capuchinha, em 1958, e ordenou-se presbítero em 1966. Estudou Missiologia na Universidade Urbaniana (Roma). Foi missionário no Brasil, Diretor do Seminário Diocesano em Barra do Corda, pároco na Paróquia de São Francisco de Assis (Belém) e bispo da Diocese de Grajaú em 1987. Defendeu os problemas sociais, principalmente as causas dos índios. Em 1995, por motivo de saúde, afastou da Diocese, voltando para a Itália onde desenvolve trabalho pastoral nas igrejas locais.


2. BÁCULO
Usado por Dom Serafim Spreafico durante solenes
celebrações na visita da santidade o papa João Paulo II
a cidade de são São Luis-MA, no dia 14 de outubro
de 1991. E em seu epicospado na arquidiocese de
Grajaú maranhão.O mesmo foi doado ao ministro provincial e diretor do museu
da ordem dos frades menores capuchinhos do Maranhão, Pará e Amapá-
Frei Jose Rodrigues de Araújo, em sua viagem a Itália em 03/03/2011 por Dom Serafim.


CONHECA UM POUCO DA HISTÓRIA E SIGNIFICADO DA INSÍGNIA EPISCOPAIS:

O BÁCULO

O Báculo é uma insígnia comum a todos os Bispos. Todavia, o báculo dos Papas não tem a forma do báculo episcopal, caracterizado pelo tradicional “encaracolado”, mas a forma de uma cruz. Hoje, à cruz levada pelo Papa também se chama báculo. O báculo, como o anel, tem o seu significado dentro de um contexto tanto antropológico como bíblico (cf. Ex 4, 17.20; Sal 23, 4), como também patrístico. Orígenes e Santo Agostinho relacionam o bastão de Moisés com a Cruz de Cristo.

A origem litúrgica do báculo não é muito clara. É provável que tenha a sua origem no Oriente. Em Constantinopla, o báculo, talvez tenha sido introduzido pelo Imperador que o entregava aos Patriarcas. Depois, torna-se uma insígnia usada nas ordenações episcopais. No Ocidente, o uso do báculo nasce nos mosteiros. Inicialmente, o báculo fazia parte do vestuário do monge: era considerado como que o companheiro de viagem e sinal da cruz de Cristo. Nos séculos VII e VIII, o báculo foi usado pelos Abades na Gália e nas Ilhas Britânicas. As primeiras referências históricas de um rito litúrgico para a entrega do báculo ao Bispo são do século VII, oriundas, como no caso do anel, da Espanha, nomeadamente do IV Concílio de Toledo. Dois séculos mais tarde, no reinado do Imperador Carlos II e do Papa S. Nicolau I, o báculo começa a fazer parte das insígnias dos Bispos da Gália. Todavia, o uso litúrgico do báculo foi mais lento. Só com o Pontifical de Guilherme Durando, Bispo de Mende (1230-1296), é que o báculo passa a ser usado na maior parte das celebrações litúrgicas presididas pelo Bispo. Em toda a História da Igreja, o báculo conservou sempre o seu significado primitivo: sinal de autoridade, de governo e de guia (conduta).

Nas celebrações litúrgicas um “báculo” em forma de cruz que recorda, na sua forma artística, a antiga “férula”.

O “báculo”, usado pelo Papa João Paulo II e pelo Papa Bento XVI, é uma reprodução do “báculo” de Paulo VI e é considerado, atualmente, em todo o mundo como um dos sinais característicos do Papa.

Fonte: Arquivo provincial
Curadoria
22/03/2011







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